Jeroboão I, foi o primeiro rei do Reino do Norte de Israel, após a divisão do Reino Unido de Israel em 931 a.C. Ele era filho de Nebate, da tribo de Efraim, e se destacou por sua habilidade e liderança durante o reinado de Salomão, tornando-se supervisor dos trabalhadores da casa de José. A história de Jeroboão é encontrada principalmente nos livros de 1 Reis e 2 Crônicas na Bíblia.
Após a morte de Salomão, quando Roboão, filho de Salomão, se tornou rei, Jeroboão liderou uma revolta das tribos do norte contra Roboão devido à pesada carga tributária e trabalho forçado imposto por Salomão e mantido por Roboão. Jeroboão, líder da rebelião, foi escolhido por Deus, através do profeta Aías, para ser rei das dez tribos do norte, formando o Reino de Israel. As dez tribos do norte se separaram e fizeram de Jeroboão seu rei, formando o Reino do Norte, enquanto as tribos de Judá e Benjamim permaneceram sob o governo de Roboão no Reino do Sul, conhecido como Judá.
O reinado de Jeroboão I (931-909 a.C.) foi prospero e tiveram intensas atividades de construção. E também foi marcado por decisões políticas e religiosas controversas. Entre suas obras notáveis estão a reconstrução de Siquém, em Efraim, e a construção de Penuel (1 Reis 12:25).
No entanto, o que realmente caracterizou o reinado de Jeroboão I foi sua promoção da idolatria em Israel, criando uma divisão religiosa ilícita. Consequentemente quando assumiu o reino de Israel, Jeroboão expulsou os levitas e sacerdotes (2 Crônicas 11:13-14), temendo que eles levassem o povo a adorar no Templo em Jerusalém, o que poderia resultar em um retorno ao governo da casa de Davi (1 Reis 12:26-27; 2 Crônicas 13:15). Posteriormente, logo após expulsar os sacerdotes, descendentes de Arão e os levitas, Jeroboão nomeou seus próprios sacerdotes, que não eram da tribo de Levi (1 Reis 12:31). Sem qualquer critério espiritual, ele os consagrou para ministrar nos altares idólatras, diante dos ídolos em forma de bodes e bezerros que ele havia mandado fazer (2 Crônicas 11:15; 13:9).
Com o provável objetivo político de afastar os israelitas do norte da adoração em Jerusalém, Jeroboão construiu santuários em Dã e Betel, onde estabeleceu imagens de bezerros. Isso introduziu um sincretismo religioso, misturando a adoração a Javé com práticas idólatras.
Quando Jeroboão realizava suas abominações, o Senhor ordenou a um profeta de Judá, conhecido apenas como "homem de Deus", que fosse até Betel. Jeroboão estava junto ao altar para queimar incenso quando o homem de Deus clamou contra o altar, dizendo: "Ó altar, ó altar! Assim diz o SENHOR: 'Um filho nascerá na família de Davi e se chamará Josias. Sobre você, ele sacrificará os sacerdotes dos altares idólatras que agora queimam incenso aqui, e ossos humanos serão queimados sobre você'" (1 Reis 13:2).
O profeta Aías anunciou que Deus levantaria um rei que eliminaria a casa de Jeroboão. Isso se concretizou pouco após Nebate, filho de Jeroboão, assumir o trono por dois anos (1 Reis 15:25). A palavra do SENHOR se cumpriu quando Baasa, da tribo de Issacar, conspirou contra Nadabe, filho de Jeroboão e exterminou todos os homens da família de Jeroboão. (1 Reis 15:28-30).
Além disso, Abias, filho de Roboão, reinava em Judá após a morte de seu pai (1 Reis 14:31; 2 Crônicas 12:16). Ele começou a reinar no décimo oitavo ano de Jeroboão (1 Reis 15:1; 2 Crônicas 13:1). Durante esse período, o poder de Jeroboão enfraqueceu, pois Abias perseguiu Jeroboão e tomou as cidades de Betel, Jesana e Efrom, junto com suas vilas (2 Crônicas 13:19). Ademais, "o SENHOR feriu Jeroboão, e ele morreu" (2 Crônicas 13:20).
Portanto, Jeroboão ficou conhecido como aquele que levou Israel a pecar. Sua casa foi alvo do juízo de Deus, resultando na morte de seu filho mais jovem e no fim rápido de sua dinastia (1 Reis 14:1-20). Jeroboão I reinou por cerca de 22 anos, aproximadamente entre 931 e 909 a.C.

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